20.12.03

2. Sibolete!

A história começa com Isabel Vinola baixando sua valise preta em seu compartimento. A seguir, ela passa as mãos pelos cabelos várias vezes para trás.
Viera de um lugar delicioso. As pessoas não se cotejavam para fazer coisa alguma, jamais se cumprimentavam, tampouco se olhavam; dir-se-ia (mesmo num futuro sem mesuras e mesóclises) até mesmo que se revezavam no sair à rua, para não se ofenderem com a presença mútua. Cada um cuidava da própria vida, sem se meter na dos outros.
Agora cá estava ela, Isabel Vinola, com as juntas frias e um nome nem um pouco melodioso. Ela teria que conviver com pessoas não-deliciosas por algum tempo.

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